domingo, 27 de setembro de 2009

FIFA FAZ POLÍTICA E CONTEMPLA AMIGOS

SAIU NO ESTADO DE SÃO PAULO NO DIA 1 DE JUNHO DE 2009.



Quem vai se interessar em construir estádios onde não há perspectiva de lucro? O anúncio das 12 cidades da Copa do Mundo 2014 não trouxe surpresas.
Contemplou as maiores capitais do País, os amigos, ampliou relações políticas e plantou sementes dos problemas pós – mundial . Com toda a pompa que envolve os encontros da FIFA, Joseph Blatter, presidente da entidade, fez o parto dos elefantes brancos que o Brasil terá de alimentar depois da competição.
Você já sabe de onde vai sair a ração dessa bicharada, prepare seu bolso. Dificilmente haverá competição sem que o dinheiro público faça parte do esquema. Nos Jogos Pan Americanos foi assim. O orçamento inicial previsto para consumir R$ 400 milhões, incinerou dez vezes mais. O melhor comentário sobre a situação foi do presidente Lula, ao perceber de onde viriam as garantias para a realização do evento: “ Sobrou pra nós. Nós governo,nós povo, nós..
A partir de agora, a palavra da moda será legado, designado para justificar os benefícios deixados pelos investimentos na Copa. O problema não está nas obras, no legado para a população das cidades escolhidas. Longe disso, todo mundo merece transporte público de país desenvolvido, estradas sem buraco, cidades limpas e seguras. Curioso que o Brasil precise do Senhor Blatter, que mora na Suíça, para nos apontar onde se deve construir uma estação do metrô, por exemplo. O mundial faz milagres. O que seria da gente sem a FIFA? O perigo desse grande negócio reside na outra ponta da relação dos tais legados, o esportivo. A pedido da CBF foram escolhidas 12 sedes.
No lugar de uma competição enxuta, haverá mais dinheiro despejado em construção ou reforma de estádios, o que na prática acaba sendo a mesma coisa. Calcula- se um investimento médio de R$ 300 milhões nas novas arenas.
Depois do Pan do Rio, ninguém deve acreditar nisso, pois essa gente lida com bilhões como se fosse dinheiro de pinga. O Estádio João Havelange, o Engenhão, engoliu R$ 380 milhões de dinheiro público e foi repassado ao Botafogo. Por pouco não se juntou a manada de elefantes brancos que custaram quase R$ 4 bilhões.
Nos projetos privados, como o Morumbi, problema do São Paulo. Já no Maracanã e no Mineirão...

Na lista de cidades anunciadas pela FIFA, estranha- se a exclusão de centros futebolísticos importantes, como Goiânia e Florianópolis, locais onde o futebol profissional, é uma realidade. Como se explica, então as opções por Natal, Manaus e Cuiabá? Quem vai se interessar em construir estádios onde não há perspectiva de lucro? A iniciativa privada ou o governo? Uma arena erguida num grande centro do futebol faz sentido, gera receitas, é negócio viável. Mas onde não há esporte de verdade e possibilidade consistente de retorno do dinheiro investido, não vai funcionar. É um golpe. A cidade é anunciada, o povo faz festa, e depois, com prazo já estourando, alguém é escalado para colocar a mão no bolso. Advinha quem vai pagar a conta? O Brasil merece receber a Copa. O futebol não pode ser uma exclusividade dos países desenvolvidos. Mas não se pode, em função disso, acreditar que exista por aqui um bando de alucinados, dispostos a suportar a irresponsabilidade de cartolas do governo e da CBF.
Paulo Calçade.

***Minha opinião: É verdade isso... Temos o melhor futebol, mas não temos a melhor estrutura para isso...Quem dirá manter tudo isso...O Brasil precisa pensar em coisas mais importantes do que uma Copa, tipo acabar com a violência...

Cya!
bjO

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